Pandemia ou Pandemônio?

É perfeitamente compreensível ver o mercado se contrapondo as regras de confinamento. O Capital busca o lucro a qualquer custo e o momento é da vida, de buscar pela sobrevivência, principalmente, dos mais humildes, dos socialmente abandonados, que são os mais expostos ao contágio.

É perfeitamente compreensível ver o mercado se contrapor contra o confinamento, o trabalhador não produz, a empresa não vende, a riqueza entra em confronto com a estagnação e a Bolsa de Valores, fiel da balança, despenca.

É perfeitamente compreensível ver os investidores preocupados com a estagnação da Economia e ver seus rendimentos desabarem uma situação de alerta para o Capital.

O que não é compreensível é ficar na contramão da realidade. Governos do mundo todo fecham questão de abrirem os cofres, tratando o caso como período de Guerra.
Aqui, nada.

Nenhuma medida que envolva a manutenção da vida, do emprego e das empresas é feita no sentido amplo. Parece que estamos correndo contra o vento.

As medidas paliativas surgiram para contemplar o mercado e por influência do mercado. Nada é apresentado como fórmula de enfrentamento do problema como um todo.

Meu maior medo é como vencer a Pandemia nesse Pandemônio de ações.

A todas as confissões religiosas, e até mesmo os que não creem, só nos resta rezar.

Por Oswaldo Augusto De Barros
Presidente da CNTEEC – FEPAAE
Coordenador-nacional do FST