Nota oficial das Confederações de trabalhadores

 

Reunidas em Brasília nesta terça-feira (2), as Confederações Nacionais de Trabalhadores manifestam toda sua preocupaío e propõem medidas imediatas para o enfrentamento do preocupante momento da economia brasileira, no qual crescem o desemprego e a inflaío e diminuem os investimentos produtivos e o consumo das famílias.

Por isto, entendem que o governo deve assumir o compromisso de tomar medidas imediatas para aplacar os efeitos negativos da crise sobre a classe trabalhadora brasileira.

A correío da tabela do Imposto de Renda é urgente para amenizar o impacto das obrigações tributárias sobre os milhões de assalariados do País. A falta de correío da tabela do IR levará um enorme contingente de trabalhadores, antes isentos, a pagar impostos que irão corroer os reajustes salariais recentemente conquistados.

A reduío drástica da taxa básica de juros (Selic) é, igualmente, uma necessidade imediata, que será interpretada pelas forças da economia real como uma sinalizaío fundamental para a retomada de investimentos produtivos.

Para os trabalhadores é, ainda, fundamental o compromisso do governo em não retirar direitos e conquistas no contexto da reforma da Previdência Social. Não aceitaremos qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora.

Também externam sua preocupaío quanto ao uso do FGTS em operações que dificultem o seu retorno para seus verdadeiros fins, como para construío de casa própria e para infraestrutura urbana.

Esperam empenho efetivo do governo no combate ao Zica Vírus, especialmente nas áreas onde ainda não existe saneamento básico.

Entendem que estas decisões são imprescindíveis para que os trabalhadores reconheçam no governo intenções verdadeiras de superaío da crise sem o sacrifício das gerações presentes e futuras.

Sem estas sinalizações, pode-se agravar a situaío de descolamento entre esse mesmo governo e suas bases trabalhistas, o que só tenderia a ampliar a crise política que buscamos superar da maneira mais consequente e efetiva.

 

Brasília, 2 de fevereiro de 2016.