No inferno astral não há razão para xingamentos

 

 

Omar Cardoso sempre afirmava: “Hoje sob todos os pontos de vista, vou cada vez melhor”. Era um astrólogo positivista que se apresentava a dar análises todas as manhãs para uma clientela seleta.

A astrologia nunca me atraiu, entretanto, sabemos que em alguns países, líderes e empresários, que podem pagar bem, não saem de casa sem uma análise de seu personal guru.

Não me lembro de vê-lo envolvendo-se em manobras sorrateiras de seus clientes, muito menos, ditando normas e gerando polêmicas. Mas, para quem gosta do tema, a escolha do personal guru é pessoal e intransferível.

O Exército de um país, é uma figura concreta, de aceitação geral, principalmente porque nos traz segurança, confiabilidade, civismo, e dentro da sua invisibilidade, impõe o respeito necessário à governabilidade de um País. Desde cuidar de nossas fronteiras, até a formação de especialistas em estratégias de defesa, ocupa lugar de destaque e respeito.

Não estamos aqui fazendo apologia do período militar, muito menos achando que o Brasil está vivendo uma intervenção militar e que só assim atingiremos o crescimento necessário. Cada qual deve ocupar-se de suas funções, com responsabilidade e principalmente maturidade.

Nesta semana, tivemos de tudo neste Brasil Varonil, desde apresentações de uma Educação Espetacular, pronta para ser a solução do Ensino Básico até ofensas a cidadão Brasileiros que, por escolha do senhor Presidente, ocupam cargo de destaque no atual Governo. Tais ofensas, poderiam até passar desapercebidas, não fossem produzidas por um cidadão que nada fez de proveitoso para esta Nação, mas que é o Guru “astrológico” da família Bolsonaro e de vários de seus seguidores nas redes sociais.

E o presidente, ficou silente às ofensas jocosas e “imorais”.

Não bastasse a dedicação ao trabalho que estão desempenhando, têm uma história, porque fazem parte de uma instituição que merece no mínimo muito respeito de todos.

Não sei se foi a conjunção de Urano com Mercúrio que acarretou tal desconexão, mas, a leniência ou a pusilanimidade que tomou conta do Executivo que não saiu em defesa de sua origem.

Só pode ser respeitado, quem respeita. Não sei o que na verdade ocorreu, muito menos me forçaria a mudar os termos usados; o que creio ser decente, não foi feito.

Ofender a quem não está no melhor de sua saúde, porque dedicou sua vida ao nosso Exército e hoje ainda encontra tempo para melhorar o que aí está, é digno de respeito. Tentar desmerecer o trabalho da Vice-Presidência em um País Democrático, é um atentado a nossa Constituição, às nossas Famílias e aos bons costumes.

Aprendi que no “Inferno Astral” devemos cuidar do que ouvimos, falamos, vemos e permitimos fazer.  É auspicioso.

 

Oswaldo Augusto de Barros – CNTEEC – FEPAAE – FST