Movimento sindical rejeita propostas para reformar Previdência

Para o presidente da CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, a falta de diálogo e o autoritarismo do governo na imposiío de medidas desfavoráveis aos trabalhadores tem sido o grande entrave político e econômico do País.

O movimento trabalhista deve reiterar na próxima reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, dia 17/2, sua posiío frontalmente contrária í  reforma no sistema de proteío social que está sendo discutida dentro do governo.

De acordo com os representantes dos trabalhadores, não há possibilidade de diálogo enquanto as propostas apresentadas derem espaço para reduío de direitos. Também integrantes do espaço de diálogo tripartite, criado em setembro do ano passado, as entidades patronais se mostram mais abertas í s discussões.

Para os sindicalistas, a fixaío de uma idade mínima para a aposentadoria por contribuiío não se justifica em um país como o Brasil, onde se começa a trabalhar cedo. A unificaío das regras para homens e mulheres, por sua vez, vai contra o desequilíbrio que o mercado de trabalho impõe í s trabalhadoras, que, em geral, recebem salários menores e são submetidas a triplas jornadas, quando se leva em conta o serviço doméstico.

Os sindicalistas consideram “preocupante” a sugestão de equalizaío das regras para a previdência urbana e rural, já que essa última funciona, na prática, como um programa de distribuiío de renda. Para os representantes dos trabalhadores, a prioridade do Brasil agora não é a reforma da Previdência. A prioridade é recuperar a economia, baixar juros, gerar empregos.
Eles ressaltam que qualquer reforma deve ser apresentada e discutida no âmbito do fórum, com os trabalhadores sendo ouvidos em primeiro lugar nas questões que dizem respeito í s políticas públicas nas relações de trabalho e emprego.

Para o presidente da Confederaío Nacional das Profissões Liberais – CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, a falta de diálogo e o autoritarismo do governo na imposiío de medidas desfavoráveis aos trabalhadores tem sido o grande entrave político e econômico do País.

“Todas as medidas tomadas por este governo no sentido de pretensamente sanear a economia e ditar um rumo para o País, acabam sempre com a maior parte do sacrifício sendo destinado para as classes trabalhadores. Continuamos a ser os responsáveis na hora de pagar as contas pelos erros administrativos e gerenciais do governo”, afirmou Azevedo.

Assessoria de Imprensa / Comitê de Divulgaío CNPL