Medo do quê?

Eu não tenho medo de Bolsonaro, se ele nada produziu de bom em duas décadas de Congresso Nacional, não será em quatro anos que destruirá o Brasil.
Eu não tenho medo de Bolsonaro, se tivesse algo de ruim para apresentar teria feito através de um Plano de Governo e não de Metas sem o compromisso de solucionar os graves problemas pelos quais o Brasil está passando.
Eu não tenho medo de Bolsonaro, se armamento pesado resolvesse nossos problemas de Segurança Pública, o Rio de Janeiro teria voltado a ser a Cidade Maravilhosa cantada em verso e prosa.
Eu não tenho medo de Bolsonaro, seus argumentos são tão pífios que nunca conseguiremos saber se ele entendeu qual é o problema que deve ser atacado e qual deve ser apoiado.
Eu não tenho medo de Bolsonaro, pois já está demonstrado que Capitão respeita, embora não goste, da franqueza do General.
Eu me preocupo com o Bolsonaro, que nada diz quanto ao desemprego, apenas afirmando que trabalhadores ganham muito e o empresário está falido.
Eu me preocupo com o Bolsonaro, que no passado recente votou contra o Plano Real e não esclarece como irá administrar a Economia e as finanças do País, votou contra o Teto no Serviço Público, para garantir seus aumentos e votou contra o fim das Aposentadorias dos Parlamentares.
Eu me preocupo com o Bolsonaro, que votou contra o fim da Pensão das filhas de Militares e votou contra o Fundo de Combate à Pobreza, mostrando qual o seu real interesse social.
Eu me preocupo com o Bolsonaro, que votou a favor do Aumento dos Deputados e também pela Terceirização e a favor da Reforma Trabalhista que precariza os salários dos Trabalhadores, para dizer o mínimo.
Eu me preocupo com o Bolsonaro, que votou contra os Direitos Trabalhistas do Trabalhador Doméstico, esquecendo-se que estes também são gente e necessitam sustentar suas famílias.
Não vou me preocupar com o que Bolsonaro que fala sobre a Ideologia de Gênero, sobre o que fala sobre os salários das mulheres ou até mesmo sobre o que ele fala da mulher mãe solteira ou da avó que ajuda a cuidar, com muito carinho e responsabilidade dos netos que lhe foram confiados.
Eu lamento ver Trabalhistas, defendendo tudo isso, acreditando que o mundo será melhor com o fim do Sindicalismo e dos direitos sociais e econômicos dos Trabalhadores, com a criação da Carteira Profissional verde e amarela.
Eu lamento ver Trabalhistas, deixando de se debruçar sobre o que pretende o Candidato Bolsonaro, para o bem de quem gera a riqueza do país através de seu esforço e competência, que são os trabalhadores.
E por fim, tenho medo do que poderá ser o futuro de meus netos, quando comparando nosso País com os demais e verificar que um dia tivemos Direitos Trabalhistas e que para eles somente sobrou o sub-emprego.
Oswaldo Augusto de Barros – CNTEEC
Coordenador Nacional do FST