FST pede posiío mais firme do MTE na defesa do trabalhador

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O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), representado por dirigentes das confederações que o compõe, participou na tarde desta terça-feira (12) de uma reunião com o ministro Manoel Dias para requerer do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) uma posiío sobre a unicidade sindical e a terceirizaío da mão de obra.

O coordenador nacional do FST, Lourenço Ferreira do Prado, deu início í  audiência com a necessidade de um enquadramento das entidades sindicais e da revisão da Portaria 186. Dias mostrou-se receptivo í s solicitações e afirmou aos sindicalistas que a política adotada pelo MTE é de diálogo para que não ocorra prejuízo í  democracia.

Diante dessa abertura, o presidente da Confederaío Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentaío e Afins (CNTA Afins), Artur Bueno, cobrou uma atuaío mais firme do MTE. “O ministério deve ser o guardião do trabalhador, mas não é isto o que ele está fazendo. Não adianta defendermos a unicidade, sendo que o MTE se desfaz dela. O que enfraquece o movimento sindical”, afirmou.

“De fato, é necessário que sejam criados obstáculos para frear essa proliferaío de novos sindicatos e a fragmentaío de federações e confederações. O Supremo Tribunal Federal precisa rever a Portaria 186. E a ativaío do Conselho de Relações de Trabalho (CRT) poderá auxiliar a rever essa situaío”, explicou o Secretário das Relações do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo.

Posiío compartilhada por Dias, que assegurou que a unicidade sindical é fundamental e precisa ser discutida em uma próxima reunião com o movimento. “As Centrais e as Confederações Sindicais precisam se encontrar para avaliar a portaria que está em vigor há quase oito anos – quais são seus malefícios e benefícios. Só assim poderei tomar uma atitude política. Mas o MTE sempre estará do lado trabalhador”, disse.

Opinião comprovada quando Manoel Dias também se coloca contra a terceirizaío na atividade-fim. “A aprovaío da terceirizaío na forma apresentada só vai acumular processos na Justiça do Trabalho. E mais uma vez reitero que nossa intenío é colaborar com os trabalhadores”, finalizou o ministro, que também foi convidado para audiência pública – solicitada pelo FST – que debaterá o tema nesta quinta-feira (14) no Senado Federal.

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