Confederações elaboram documento sobre sustentaío financeira das entidades sindicais

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O Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST– realizou nesta terça-feira (15), na sede da Confederaío Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC), em Brasília, reunião ordinária para discutir a sustentaío financeira das entidades sindicais e a atuaío da Comissão Especial sobre a atividade na Câmara dos Deputados.

Além dos dirigentes anfitriões da CONTEC participaram da reunião representantes das seguintes Confederações: CSPB, CNTI, CNTTT, CNTA, CONATEC, CNTV, CNPL e CNTEEC. A presença do deputado federal Bebeto (PSB-BA), relator da comissão, era aguardada, mas ele não compareceu por agenda na Comissão de í‰tica na Câmara. Os dirigentes sindicais criticaram a ausência do deputado, que também não participou de outros encontros nas Confederações.

O coordenador nacional do FST, Lourenço Prado, também presidente da CONTEC, ressaltou a importância da atuaío das Confederações na Comissão Especial destinada a estudar e apresentar propostas com relaío ao financiamento da atividade sindical. “ O FST vai lutar no sentido da permanência da contribuiío. Este imposto deve ser permanente e perene, e não podemos abrir mão desse direito”, disse Prado.

Durante o debate sobre o papel da comissão e a atual conjuntura do Congresso, o IMG_5962presidente da Confederaío Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentaío e Afins – CNTA, Artur Bueno de Camargo, o secretário de assuntos parlamentares da Confederaío Nacional de Vigilantes e Prestadores de Serviços – CNTV, Nelson Santos, e o primeiro- secretário da Confederaío Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Cultura e Educaío – CNTEEC, Oswaldo Augusto Barros, se propuseram a elaborar um documento em nome das Confederações a respeito do financiamento sindical.

“A Câmara não tem transparência. E não depende somente do Bebeto apensar os projetos (foram citados os Projetos de Lei 4320, 4238, dentre outros). Fica a cargo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) esta tarefa. Mas enfatizo que a redaío de um projeto sobre sustentabilidade sindical é necessária da nossa parte para influenciar as Assembleias Legislativas a pressionarem as bancadas federais”, enfatizou Nelson.

“Com a falta de clareza no quadro do Congresso precisamos retomar a força que derrubou Vargas. E a vinculaío e sustentaío devem ser compulsórias e obrigatórias. Precisamos ter coragem. Nenhum projeto vem para valorizar o movimento sindical e sim para acabar”, ressaltou a diretora-financeira da CONTEC, Rumiko Tanaka.

Prado finalizou a última reunião anual do Fórum com o direcionamento das atividades de 2016.  “O FST vai levar em consideraío o projeto do Paim, durante dezembro e janeiro, e em fevereiro vai analisar o documento que for redigido pela comissão e remeter para todas as confederações, que por sua vez remeterão para suas federações e bases. Com o retorno das apreciações, o FST organizará um congresso. O documento será o oficial do Sistema Confederativo sobre a estrutura financeira das entidades sindicais e outros interesses da classe trabalhadora”, concluiu.

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Fotos: Wilson Ribeiro