Os dirigentes das Confederações do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) reuniram-se nesta quinta (04), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC), em Brasília, para debater a agenda de ações contra a Medida Provisória 873/2019.
Consenso entre os sindicalistas, o trabalho de articulação política no Congresso será a principal atividade dentre as ações da agenda. Definição endossada pelo especialista em Política, Representação Parlamentar e Assessor Parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), André Luís dos Santos. “Estamos diante de um governo sem maturidade e coordenação política que persegue as entidades laborais. Fora isso, ainda devemos nos atentar a guerra entre os Poderes. Agora, mais do que nunca, é preciso organizar uma articulação com os parlamentares no sentido de inviabilizar essa MP”, disse.
Para o coordenador nacional do FST, Oswaldo Augusto de Barros, o enfrentamento a MP será um “treino” para o confronto da reforma da Previdência. “Temos que trabalhar no Congresso Nacional, no corpo a corpo com os deputados e senadores, na expectativa de convencimento do número suficiente de parlamentares para barrar essa MP”, afirmou Barros.
Como parte dos direcionamentos dos trabalhos, em conformidade com a reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o professor Oswaldo advertiu sobre os prazos e a importância desse trabalho nas bases. Disponibilizando para as confederações um documento endereçado aos parlamentares com uma breve análise dos efeitos, das inconstitucionalidades e das possibilidades de mudanças em relação à MP.
Para finalizar a pauta do dia, o coordenador do FST ressaltou a importância da apresentação do texto das entidades sindicais — a ser negociado com o Congresso Nacional e apresentado ao Governo Federal — como proposta intermediária a MP. Maia solicitou que o mesmo seja entregue até o dia 16 de março.