FST define ações contra reforma trabalhista

 

Nesta quinta-feira (1º), em reunião na sede da Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, em Brasília/DF,  o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) em complemento às decisões tomadas na plenária dos (as) advogados (as) das entidades sindicais da categoria profissional da Alimentação e na do FST, no início de maio, decidiu formalizar uma denúncia na Organização Internacional do Trabalho (OIT) abordando o procedimento do presidente da República Michel Temer (PMDB) e todos os ataques que vêm ocorrendo no Brasil, na tentativa de compras de votos pelo poder Executivo aos parlamentares para aprovar a retirada de direitos dos trabalhadores e o desmonte do movimento sindical brasileiro.

O FST decidiu também que fará denúncias do procedimento do presidente do TST, Ives Gandra, referente às suas declarações ofensivas à classe trabalhadora. No transcorrer da reunião de hoje, o FST também, por decisão unânime, deliberou que o coordenador do FST, juntamente com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário (Contricom),  Mazinho, e o presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), Carlos Alberto, se deslocassem até o Ministério do Trabalho, onde estava sendo instalado o Conselho Nacional do Trabalho (CNT), o qual o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira,  havia anteriormente assumido um compromisso de que o FST teria um assento no referido conselho.

Por isto não ter ocorrido, o coordenador do FST levantou a questão de ordem e cobrou do ministro o cumprimento do seu compromisso. Este ratificou que de fato havia se comprometido a incluir o FST no referido conselho e afirmou também a legitimidade da reivindicação, e assumiu o compromisso de fazer uma retificação para que nas próximas reuniões o FST ocupe seu assento no referido Conselho.

Em tese, o Conselho Nacional do Trabalho é composto por 30 participantes, sendo 10 representantes do governo, 10 dos trabalhadores e 10 do patronal, para ampliar o debate sobre a CLT e a Reforma Trabalhista. O FST entende que sua participação, como representante dos trabalhadores é indispensável, tendo em vista que o Conselho possui autonomia para propor ao presidente Temer (PMDB) vetos à Reforma Trabalhista.

Fotos: Valmir Ribeiro (CSPB) / Michelle Calazans (CNPL)