Reunido ontem (20), em Brasília, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), integrado por 22 confederações nacionais laborais, públicas e privadas, urbanas e rurais, e de aposentados, decidiu convocar o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora para o dia 9 de agosto, no município de Praia Grande (SP).
A atividade pretende reunir centenas de lideranças sindicais de todo país, de todas as categorias profissionais, com o objetivo de deliberar sobre documento a ser encaminhado aos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018.
O documento conterá as propostas dos trabalhadores para questões relacionadas à política econômica, com o objetivo da retomada do desenvolvimento soberano da economia, com justiça social, e o combate ao desemprego que continua muito elevado.
Enfatizará, também, as medidas de combate à precarização das relações do trabalho, como a revogação da “reforma” trabalhista (Lei 13.467/17), o fim das terceirizações nas atividades-fim das empresas públicas e privadas e o fortalecimento das entidades laborais.
O Fórum pretende, ainda, abordar questões relacionadas à retomada dos investimentos públicos, destacando a revogação da Emenda Constitucional de controle de gastos que engessa tais investimentos em áreas essenciais como saúde, segurança e educação, deixando livre o custo financeiro do governo.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL E TRABALHO INTERMITENTE – Os representantes das confederações também discutiram a estratégia a ser adotada durante a discussão e votação das Ações Diretas de Constitucionalidade (ADIs) que estão na pauta do Supremo Tribunal Federal na sessão convocada para o próximo dia 28 e que tratam, respectivamente, da contribuição sindical e dos contratos intermitentes de trabalho.
COORDENAÇÃO – Em razão do afastamento de Artur Bueno de Camargo da coordenação nacional do FST, por motivo de habilitação para a disputa a cargo eletivo de deputado federal este ano em São Paulo, a vice-presidente da CNTM, Mônica Veloso, assumiu a coordenadoria do Fórum até a conclusão do atual mandato, previsto para novembro de 2018.
Na ocasião, Artur agradeceu o apoio recebido durante sua gestão, resgatou o papel desempenhado pelo FST na resistência ao desmonte da CLT e à reforma previdenciária, quando foram cumpridas agendas em todo território nacional, e destacou a necessidade do movimento sindical priorizar a agenda política para promover uma verdadeira e real mudança no país, especialmente no Congresso Nacional.
Por sua vez, Mônica agradeceu a indicação para assumir a coordenadoria do Fórum e ressaltou o papel do órgão nas lutas em defesa dos interesses dos trabalhadores. A dirigente sindical colocou-se à disposição de todos para dar continuidade ao trabalho, especialmente nessa hora em que os direitos dos trabalhadores encontram-se ameaçados, assim como as estruturas das entidades sindicais.
Fonte: Comunicação FST