FÓRUM SINDICAL DOS TRABALHADORES APROVA AÇÕES UNIFICADAS PELA PRESERVAÇÃO DE DIREITOS


Após a rejeição do relatório da Reforma Trabalhista (PLC 38/17) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST, voltou a se reunir nessa quarta-feira, dia 21 de junho, em Brasília/DF, para dar continuidade ao cronograma de trabalho conjunto pela preservação dos direitos trabalhistas e previdenciários. O objetivo é intensificar o trabalho parlamentar nos estados para garantir que o PLC 38/17 não avance na tramitação do Senado.

Representantes das 19 Confederações que integram o FST se comprometeram em realizar audiências públicas nas assembleias legislativas em seus estados para aprofundar o debate sobre as Reformas Trabalhista e Previdenciária, em curso no Congresso. A proposta é destacar aos parlamentares, em suas bases, o abismo de precarizações nas relações de trabalho e da fragilização na organização sindical brasileira.

Por unanimidade, as entidades sindicais também confirmaram participação na manifestação prevista para o dia 30 de junho. O ato é liderado pelas centrais sindicais contra as Reformas do governo Temer (PMDB) e pelas Diretas Já, seguindo a mesma linha da mobilização realizada no dia 24 de maio que reuniu mais de 150 mil trabalhadores de todo o país na Capital Federal.

No âmbito da Reforma da Previdência (PEC 287/16), ficou acordado o convite para a participação de um representante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência na próxima reunião do FS para esclarecer o atual trabalho da pasta criada para investigar a situação financeira da Previdência Social, sob a autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). Desde a instalação da Comissão no Senado, no dia 26 de abril, o trabalho é voltado para verificar as dívidas de grandes empresas com a Previdência, a sonegação e a concessão de anistias, desonerações e desvinculações tributárias que teriam provocado o desabastecimento do caixa do setor nos últimos anos.

A comunicação integrada das entidades nacionais junto às bases também foi outro ponto destacado pelas entidades sindicais. A proposta é intensificar, de forma padronizada, a comunicação nos estados e municípios para reforçar a pressão popular e o movimento sindical.

Na ocasião, também foi apresentado aos membros do FST a solicitação formalizada, no dia 19 de junho, pelo presidente da CNTI e NCST, José Calixto Ramos, ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para que o Fórum Sindical dos Trabalhadores tenha participação no Conselho Nacional do Trabalho, por meio de um representante, tendo em vista que o Conselho é composto por 30 participantes, sendo 10 representantes do governo, 10 dos trabalhadores e 10 do patronal.

Fonte: CNPL