Existe Ministério da Educação neste governo?

 

Estranho, falam que o presidente dispensou o Sr. Abraham Weintraub? Se é que podemos chamar de dispensa.
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Me parece que na realidade ele “caiu para cima” pelo menos em termos financeiros já que vai passar a ganhar não os, mais ou menos, 21 mil reais e sim 21 mil dólares que na cotação atual dá mais de cem mil reais por mês.
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Ricardo Vélez Rodríguez ocupou o mesmo cargo anteriormente? Em algum momento, nestes dezoito meses de mandato o Brasil teve Ministro da Educação?
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A pasta sobreviveu em função dos profissionais que lá laboram. Em tempos idos, tínhamos uma grande preocupação com o MEC, sempre traçando diretrizes em busca de objetivos nacionais, proporcionando debates no sentido de estimular a Educação e a Cultura do povo brasileiro.
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Com mão de aço, se é que podemos dizer que há, fecharam-se vários ministérios e pela atonia, achava que o da Educação era um deles. Mas se o ministro foi exonerado onde está o Diário Oficial da União que traz a publicação, num período que se tem edições extras para publicar até a indicação de superintendente da Polícia Federal.
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A Educação tem sido deixada de lado e a opacidade dos citados não gerou nem uma expressão no presidente, no ato de despedida, e sim um desconforto de não saber o que fazer para sair de tamanho engodo de além de tudo, em plena pandemia da Covid-19, ter que dar um “forte” abraço no cidadão ao seu lado.
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Imagino a cúpula militar, que já teve Jarbas Passarinho na pasta, ter que concordar com as duas indicações, que de proveito nada se tem de lembrança, nada se construiu de novo que viesse a dar sustentabilidade ao Plano Nacional do Governo.
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É fato que a pandemia teve maior destaque, mas como sabemos, é na crise que o líder aparece com soluções próprias impondo com diálogo os passos a serem seguidos.
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Faltou chão para esses ex-ministros. Que venha alguém, mesmo que interino, com respeito ao trabalho educacional exercido pelos profissionais da educação, com diálogo projetos inovadores, respeito a ciência e apoio à pesquisa.
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O Brasil não espera menos que isso.

Por Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FST
Presidente da CNTEEC/FEPAAE
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