Por reajuste salarial, vigilantes do DF iniciam paralisaío nesta quinta

Categoria quer aumento salarial de 15%, além de outros benefícios.

Segurança de serviços essenciais, como UTIs, continua, afirma sindicato.

vigi12
Vigilantes seguram placas de greve em frente a uma agência bancária no Setor Comercial Sul (Foto: Paulo Melo/G1)

Os vigilantes do Distrito Federal entraram em greve nesta quinta-feira (22). A decisão foi tomada na noite desta quarta (21), durante assembleia da categoria no Setor Bancário Sul. Aproximadamente 24 mil profissionais estão de braços cruzados, afetando os serviços de segurança de empresas públicas e privadas. De acordo com a lei, bancos não podem realizar atendimentos sem a presença de ao menos um vigilante.

Segundo o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), a segurança de serviços essenciais, como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e maternidades, será assegurada durante a paralisaío. De acordo com a lei, bancos não podem realizar atendimentos sem a presença de ao menos um vigilante. O sindicato informou ao G1 que já há agências bancárias fechadas nesta quinta devido í  greve.

A categoria reivindica aumento salarial de 15%, tíquete-alimentaío diário de R$ 30 e plano de saúde de R$ 150. O salário-base atual de um vigilante é de R$ 1.573. Segundo o Sindicato, as empresas realizaram a última proposta de negociaío em 15 de janeiro, oferecendo reajuste de 7% e tíquete-alimentaío de R$ 25, o que foi rejeitado pelos vigilantes.,

Outra reclamaío dos vigilantes, de acordo com o sindicato, é a tentativa das contratantes criarem o cargo de vigilante horista, que cobriria somente horários de almoço. Os profissionais alegam que haveria um espaço para o pagamento de salários menores e uma desvalorizaío da categoria.

O Sindicato dos Vigilantes também alega que as empresas querem demitir seguranças que ficam afastados por mais de um mês de atestado médico, apesar de terem uma garantia de um ano. Nesta quinta, í s 17h, os vigilantes farão outra assembleia para discutir a greve.

Sindicato patronal
O Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistema de Segurança Eletrônica, Cursos de Formaío e Transporte de Valores do DF (Sindesp-DF) informou aoG1 que realizou nesta quarta uma proposta com aumento acima da inflaío, aceita pelo Sindesv-DF, mas posteriormente rejeitada em assembleia.

A organizaío afirmou ainda que vai entrar na Justiça do DF pedindo a ilegalidade da greve e pedir ao governo do Distrito Federal para fazer o mesmo. Ele alega que a paralisaío tem cunho político, que os vigilantes tiveram em três anos um reajuste de 35% acima da inflaío do período e que o salário mínimo da categoria é de R$ 2.048.

O Sindesp falou ainda que as empresas estão sem receber pagamentos do GDF referentes a quatro meses e que, portanto, elas estão endividadas pois estão pegando empréstimos para poder quitar os salários dos trabalhadores. O GDF também não teria renegociado os valores do contrato deste ano.

Em relaío í  implementaío dos vigilantes horistas, o Sindesp disse que a medida é uma tentativa de seguir a lei no que concerne í s horas de almoço dos trabalhadores. Até o momento, as empresas pagavam as horas dos intervalos em dinheiro diretamente para os seguranças, o que é contra a legislaío. O Ministério Público do DF então notificou e multou 12 empresas, uma em mais de R$ 1 milhão.

Fonte: G1 Distrito Federal