Artigo: Ouvidos de mercador

Procuramos nos últimos dias, dar pouca atenção àquele que chama brasileiro de ladrão contumaz, que dita regras para uns loucos que o entendem, e que trará a luz no meio Educacional Brasileiro.

Esperado por seu “guru”—aliás, neste governo de mitos, gurus não faltam— as ideias inovadoras seriam o mote para minorar as péssimas condições das Escolas Públicas de nosso sofrido Brasil.

Agora, determinar de ofício; aliás, pouco esclarecedor a ponto de ter sido refeito e mesmo assim continuou de péssimo enlace, culminou com esclarecimentos públicos inconvincentes em horário nobre.

E por fim recebeu do MPF, em razão de possível desrespeito a 17 preceitos constitucionais e legais, prazo de 24 horas para justificar o pedido feito às escolas.

O “guru” da próxima vez deve mandar o roteiro completo para que o filme não seja classificado como chanchada no próximo “Oscar”.

Mas, após os desabafos cabe um pequeno comentário:

Se o objetivo não foi “patriotada” de principiante, qual o objetivo da filmagem?

Se o espírito é a demonstração de um novo tempo, por que os alunos não foram acolhidos em escolas limpas, com boas condições de uso, carteiras adequadas, condições mínimas de trabalho para os profissionais de Educação, um refeitório digno para enfrentar a alimentação sadia necessária?

Se o espírito era patriótico, por que não apresentar um texto solicitando gentilmente a esses profissionais que esperem do atual governo condições dignas de trabalho e aos alunos a dedicação necessária para o início de trabalho, e finalmente, dirigir-se aos pais e humildemente pedir apoio na construção de uma nova sociedade estudantil, com base nos fundamentos pátrios?

Sabe senhor Ministro, toda Revolução Cultural, não começa com armas, com discursos vazios, ou honrarias militares. Todo início de trabalho deve ser proposto com muita humildade.

Tentei fazer ouvido de mercador, mas meu ideal falou mais alto.

Oswaldo Augusto de Barros CNTEEC – FEPAAE – FST