Ameaça a direitos trabalhistas mobiliza Fórum das Confederações


HISTí“RIA – Plenária do FST na Casa de Portugal, em SP, 2004

Eventual mudança de governo, sob hegemonia empresarial e conservadora, preocupa as Confederações. E elas já se mobilizam, em defesa das conquistas trabalhistas, por meio do Fórum Sindical dos Trabalhadores.

O FST é coordenado por Lourenço do Prado, presidente da Contec (Confederaío Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito). Lourenço é também dirigente da UGT.

O Fórum agrega 20 Confederações. São entidades nacionais, que defendem a estrutura sindical, o custeio e as conquistas da CLT e da Constituiío. Sebastião Soares, da CSPB (Servidores) e dirigente da Nova Central, informa que a reunião será nesta terça (26), í s 10 horas, na Contec, em Brasília. “Vamos ouvir cada companheiro sobre a conjuntura. Pretendemos também marcar um amplo seminário para meados de maio”, adianta í  Agência Sindical.

CNTA – Uma das entidades fundadoras do FST, a Confederaío Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentaío e Afins (CNTA) participará da reunião. Seu presidente Artur Bueno de Camargo diz: “O Fórum tem composiío eclética. Mas estamos unidos porque temos uma pauta, cujo ponto central é a defesa das conquistas trabalhistas. í‰ inaceitável que o capital queira resolver seus problemas agravando os nossos”.

Segundo Artur, o perfil de um eventual governo Temer está claro no documento “Uma ponte para o futuro” e em posições já manifestadas pelo grupo do vice-presidente. Ele critica: “Falam em congelar o aumento do salário mínimo, que ainda está muito abaixo do que prevê a Constituiío e calcula o Dieese. Seria uma violência contra os trabalhadores”.

O sindicalista também questiona a prevalência do negociado sobre o legislado, proposto no chamado Plano Temer. Argumenta: “Com recessão e desemprego em massa, os trabalhadores negociam em total desvantagem. Sem garantia de direitos e, principalmente, de emprego, a desregulamentaío não tem cabimento”.

Fonte: Agência Sindical