Goiás é 5º no País na criaío de vagas

Estado abriu 10,6 mil empregos em abril, 10% dos 105,3 mil postos criados no País no mesmo mês

Goiás foi um dos destaques nacionais na criaío de empregos em abril. O Estado abriu 10,6 mil novas vagas de trabalho, principalmente nas indústrias de transformaío, setor agropecuário, construío civil e serviços. Isso representou mais de 10% dos 105,3 mil empregos criados no Brasil, colocando o Estado na quinta melhor posiío do País, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

A abertura de postos de trabalho em Goiás significou um incremento de 0,86% em relaío ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês de março, contra um avanço de apenas 0,26% no País. O saldo acumulado este ano chega a 33.795 novos postos, um crescimento de 2,8% e o melhor resultado da Região Centro-Oeste.

Apesar do crescimento na geraío de empregos, o Estado teve o pior desempenho para um mês de abril desde2007, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. No mesmo período do ano passado, o saldo registrado foi de 18.676 novos empregos criados.

Vale lembrar que o saldo nacional, que ficou em 196,9 mil novos empregos em abril de 2013, também caiu muito. “Continuamos gerando empregos, mas num ritmo mais moderado”, explica o economista da Federaío das Indústrias de Goiás (Fieg), Cláudio Henrique de Oliveira.

Colheita

Entre as indústrias de transformaío, os melhores desempenhos na geraío de empregos foram nas indústrias químicas de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria, seguidas pelas indústrias de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico. Segundo Cláudio Henrique, o bom desempenho do setor foi motivado, entre outros fatores, por questões sazonais, como o período de colheita da safra de grãos e o início da de cana-de-açúcar, que impulsionaram a produío e as contratações na agroindústria e no setor sucroalcooleiro.

Para o consultor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar-GO), Cristiano Palavro, o bom desempenho do setor agropecuário, que abriu 2.690 novos empregos no Estado, pode ser explicado por fatores como o início da entressafra da produío leiteira, que exige mais funcionários para realizaío do trato dos animais, e o início da colheita de cana-de-açúcar, que demanda muita mão-de-obra. “Além disso, a colheita da safra de grãos, que demanda muita mão-de-obra, apesar do uso crescente de maquinários, ainda está acontecendo no Estado”, completa.

Segundo o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites, o Estado tem se mostrado mais atrativo que as demais regiões devido aos seus aspectos climáticos, posicionamentos logísticos e incentivos fiscais, com destaque para o plantio de cana-de-açúcar em Goianésia e Santa Helena. “Juntas, elas geraram 1.799 empregos, atraindo trabalhadores de diversas localidades e desenvolvendo o comércio e o setor de serviços da região. O crescimento de um setor econômico reflete nos demais.”

Salários bons elevam emprego na construío

Outro setor que se destacou na geraío de empregos em Goiás foi a construío civil. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construío e Mobiliário de Goiânia (Sintracom), José Braz Constantino, isso pode estar relacionado a fatores como a reduío da informalidade no setor. “Com as empresas oferecendo salários melhores, os trabalhadores buscam mais segurança”, justifica. Segundo ele, hoje um servente ganha entre R$ 1,2 mil e R$ 1,3 mil, enquanto um pedreiro recebe entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Outro fator que estimulou o incremento das contratações foi o fim do período chuvoso, quando muitas empresas resolvem acelerar suas obras.

Fonte: Jornal O Popular