Centrais Sindicais protestam contra alta dos juros em frente ao BACEN

As seis centrais sindicais: Nova Central, CUT, CTB, UGT, Força Sindical e CGTB fizeram nesta terça-feira (26/11) um ato público contra sucessivos aumentos na taxa de juros.

O encontro ocorreu em frente ao Banco Central do Brasil (BACEN), em Brasília, com a mobilizaío dos trabalhadores por conta de calendário instituido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que nesta semana realizará a última reunião do ano que definirá o índice da Taxa Selic.

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Durante a manifestaío, os participantes reivindicaram í  equipe monetária do governo federal que reduza as tarifas bancárias abusivas, e regulamente o sistema financeiro por lei.

“Nesse momento, o governo não pode permitir que a taxa de juros aumente mais, pois prejudicará diretamente os trabalhadores.

A Nova Central é contrária a esta política econômica do governo que acaba sendo repassada ao conjunto da sociedade, e por isso a importância desse momento em que as centrais sindicais se reúnem para cobrar uma melhor postura em relaío a esta questão”, explica o representante da Nova Central, Luiz Gonzaga de Negreiros.

Além do diretor de relações parlamentares da Nova Central (Negreiros), que na ocasião representou o presidente da entidade, José Calixto Ramos participou também da manifestaío, o secretário de comunicaío da Nova Central de São Paulo, Nailton Francisco, representantes da Federaío dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (FTTRESP) entre outros sindicalistas da Nova Central, que fizeram da capital federal: o Dia Nacional de Lutas pela Reduío Imediata dos Juros.

A manifestaío é continuidade í s ações unificadas promovidas pelas centrais sindicais, como o Dia de Lutas realizado em 12 de novembro, quando foram í s ruas exigir o fim do fator previdenciário e a correío da tabela do imposto de renda.

“Já foi anunciado pelo governo federal que será aumentada ainda mais a taxa de juros, uma perda para os trabalhadores que querem mais investimentos em empregos, na saúde e na indústria. Não vamos sair das ruas enquanto não atenderem nossas reivindicações em prol dos trabalhadores”, diz.

Ainda de acordo com Nailton, baixar os juros, é o caminho seguro para incentivar o crescimento econômico, garantir mais verbas para investir na educaío, saúde e mobilidade urbana.

No entendimento dos sindicalistas, com a taxa de juros elevada, os bancos e as instituições financeiras passam a receber uma remuneraío maior pela aplicaío de seus ativos em títulos da dívida pública e com isso acabam sendo favorecidos se beneficiando ainda mais com a elevaío das taxas cobradas nas operações de crédito e empréstimo. Em outubro deste ano, o Copom elevou a taxa básica de juros de 9% para 9,5% ao ano. í‰ o quinto aumento seguido desde abril.

Fonte: NCST